Como o assunto sobre os arranjos é muito complexo, vou me extender um pouco mais.
Como eu disse, os primeiros arranjos de samba ainda eram muito orquestrados, herança do samba amaxixado, feito para bailar. A partir do momento que o samba sincopado do Estácio de Sá começa a predominar, os instrumentos de percussão de escola de samba também entram nos arranjos.
Paralelamente a isso, desenvolveu-se os conjuntos regionais. Os conjuntos de choro, acrescentados de uma "cozinha", vários instrumentos de percussão, viraram os conjuntos regionais. O Regional do Benedito Lacerda foi um dos primeiros e gravou muito samba.
Vieram, na esteira, os regionais do Canhoto, do Evandro, além de vários outros. No regional do Canhoto é que Dino 7 Cordas desenvolveu a técnica das baixarias do violão de 7 cordas. Fez isso aproveitando o espaço que a ausência do saxofone de Pixinguinha deixava.
Até hoje, o arranjo mais tradicional de samba é esse que os regionias deixaram como herança: violão fazendo as baixarias, cavaco no centro, pandeiro, tamborins, surdo (ou outra marcação) e cozinha.
Nem todo mundo ficou preso a este formato. Já nos anos 60, os próprios sambistas se organizando em conjutos (Mensageiros do Samba, A voz do Morro, etc) dispensando os regionais, formados por "gente do choro".
No final dos anos 70, em Ramos, surgiu uma nova ritmica para o samba. Introduziram o repique de mão e o banjo e aceleraram o andamento. infelizmente, a industria fonográfica de massa se apropriou deste formato e transformou em um "produto enlatado".
Outros arranjadores fazem suas invenções. Cada um tem o resultado que deseja. Uns me agradam bastante, outros nem tanto.
Quando eu disse que o Cristovão Bastos fez um excelente e "civilizado" arranjo no disco "Parceria" do João Nogueira e Paulo César Pinheiro, não significa que eu arranjaria assim as músicas.
Eu gosto de samba de terreiro e gosto dos arranjos que o Candeia, a Cristina, o Cartola, o Wilson Moreira, o Carlos Cachaça usam em seus discos. Lembrei de um disco que é o arranjo perfeito para mim: "Mangueira Sambas de terreiro e outros sambas". Se eu fosse arranjador, seria neste estilo os meus arranjos.
Mas o samba é um universo gigante e existem várias possibilidades dentro dele. Os arranjos servem para isso. Se tudo fosse igual, na certa perderia a graça.
Como eu disse, os primeiros arranjos de samba ainda eram muito orquestrados, herança do samba amaxixado, feito para bailar. A partir do momento que o samba sincopado do Estácio de Sá começa a predominar, os instrumentos de percussão de escola de samba também entram nos arranjos.
Paralelamente a isso, desenvolveu-se os conjuntos regionais. Os conjuntos de choro, acrescentados de uma "cozinha", vários instrumentos de percussão, viraram os conjuntos regionais. O Regional do Benedito Lacerda foi um dos primeiros e gravou muito samba.
Vieram, na esteira, os regionais do Canhoto, do Evandro, além de vários outros. No regional do Canhoto é que Dino 7 Cordas desenvolveu a técnica das baixarias do violão de 7 cordas. Fez isso aproveitando o espaço que a ausência do saxofone de Pixinguinha deixava.
Até hoje, o arranjo mais tradicional de samba é esse que os regionias deixaram como herança: violão fazendo as baixarias, cavaco no centro, pandeiro, tamborins, surdo (ou outra marcação) e cozinha.
Nem todo mundo ficou preso a este formato. Já nos anos 60, os próprios sambistas se organizando em conjutos (Mensageiros do Samba, A voz do Morro, etc) dispensando os regionais, formados por "gente do choro".
No final dos anos 70, em Ramos, surgiu uma nova ritmica para o samba. Introduziram o repique de mão e o banjo e aceleraram o andamento. infelizmente, a industria fonográfica de massa se apropriou deste formato e transformou em um "produto enlatado".
Outros arranjadores fazem suas invenções. Cada um tem o resultado que deseja. Uns me agradam bastante, outros nem tanto.
Quando eu disse que o Cristovão Bastos fez um excelente e "civilizado" arranjo no disco "Parceria" do João Nogueira e Paulo César Pinheiro, não significa que eu arranjaria assim as músicas.
Eu gosto de samba de terreiro e gosto dos arranjos que o Candeia, a Cristina, o Cartola, o Wilson Moreira, o Carlos Cachaça usam em seus discos. Lembrei de um disco que é o arranjo perfeito para mim: "Mangueira Sambas de terreiro e outros sambas". Se eu fosse arranjador, seria neste estilo os meus arranjos.
Mas o samba é um universo gigante e existem várias possibilidades dentro dele. Os arranjos servem para isso. Se tudo fosse igual, na certa perderia a graça.
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