18 de novembro de 2008

Silvio Caldas em 78 rpm (Victor - 33.712 - 1933)

78 rpm

No passado, no tempo dos discos 78 rotações por minuto, era muito incomum, quase raro, que as duas músicas gravadas no álbum fizessem sucesso. Normalmente, quando isso acontecia (um novo sucesso), o samba do outro lado do disco, o “lado B”, passava batido, não acompanhando as glórias da faixa “co-irmã”.

Entretanto, se por um lado, os compositores da faixa “lado B” do disco não entravam para os anais da música popular brasileira, por outro, ganhavam tanto dinheiro quanto os do “lado A”. Afinal, quem levava para casa o sucesso, que para sempre reverberaria nas mentes e nos corações dos brasileiros de várias gerações, inevitavelmente, acabava levando, de lambuja, estas músicas que ficariam esquecidas por muitos anos.

E o que explica o insucesso (talvez caiba melhor o termo “não-sucesso”) destes sambas do “lado B”? Falta de qualidade certamente não era. Com esta postagem, inauguro a seção “78 rpm”, onde mostrarei exemplos de discos com um grande sucesso da época de um lado e, do outro, sambas que não entraram para a história mas que são “peso na balança”.

Pra começar, vamos com um disco do Silvio Caldas de 1933. Um dos sambas é o famoso “Lenço no pescoço”, de Wilson Batista, que deu origem a lendária polêmica com Noel Rosa (da qual falarei mais detalhadamente no futuro). No outro lado, “Na floresta”, um samba belíssimo, digno da obra do Divino Mestre Cartola.

Victor - 33.712 (1933)

Lado A - Na floresta (Silvio Caldas - Cartola) - Samba
Lado B - Lenço no pescoço (Wilson Batista) - Samba


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