Assim como todo dia é Dia do Índio, apesar deles só terem, hoje, o dia 19 de abril, todo dia é dia do Samba. O dia 2 de dezembro apenas simboliza aquilo que vivemos profundamente e intensamente todos os dias, o nosso samba!
Ao contrário do que cantou certa vez Nelson Sargento, o samba não agoniza. Pelo contrário, ele florece, como flores selvagens em jardins e bosques, como portentosos lírios a beira de um rio que corre, perene e límpido, em meio a rica natureza.
Falar sobre samba, hoje, não é tentar explicar qual o papel dos sambistas na mídia, na sociedade e no universo musical oficialesco, e sim estar ciente que nessas rodas de samba que se espalham pelos bairros há um lirismo verdadeiro, que sambistas contemporâneos conseguem transmitir de maneira natural.
O samba sempre habitou nossas mentes e corações, mesmo quando tentaram sufocá-lo. Para existir, ele depende apenas de um coração que quer cantar seus ais, de uma inspiração que quer se reproduzir nas cordas de um pinho, de uma melodia agradável que o sambista assovia.
O samba caminha de maneira natural, e vem ganhando o espaço que era dele e que se perdeu. O samba, com sua riqueza singela, é capaz de fazer despertar na humanidade os sentimentos mais puros.
O dia 2 de dezembro é um dia para se exaltar o samba de maneira oficial. Mas de maneira oficiosa, fazemos de cada dia, o dia do samba.
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