E quem disse que é preconceito não tocar sambas do Cacique de Ramos nas rodas? Preconceito? A palavra correta é “opção”. Preconceito seria se deixassem de tocar estes sambas sem ao menos conhecê-los. Mas eu (falo por mim e pelos sambistas que me acompanham nos pagodes da vida) conheço os sambas de lá. Em geral, não gosto. Fizemos a opção de cantar sambas de outros compositores. Afinal, que culpa tenho eu se gosto mais de cantar Nelson Cavaquinho do que Jorge Aragão? Que culpa eu tenho se prefiro a Dona Ivone à Leci Brandão? Gosto dos sambas da dupla Bide e Marçal. Já da dupla Arlindo Cruz e Sombrinha não nutro muita simpatia.
Já tomei muita bordoada por causa das minhas “opções”. Vou deixar claro algumas coisas. Não tenho preconceito com a turma do Cacique. Tanto é que quando escuto um samba de lá e gosto, eu canto junto. Devem ter uns cinco sambas de lá que eu gosto. E quando cantam nas rodas, eu solto a voz junto. Estão me compreendendo? Não nutro simpatia pelo samba caciqueano. Isso não significa que, quando escuto um samba bom proveniente de lá, eu não goste. Isso sim seria preconceito. Outro dia mesmo estava eu cantando um samba consagrado na voz de Roberto Ribeiro (Ainda resta um pouco de esperança) quando alguém me falou:: “Aí André, cantando Jorge Aragão, hein? Quem diria...” Eu respondi que se fosse bom, eu cantaria mesmo.
Diversos fatores fazem com que eu tenha esta antipatia pelo “pagode” (que originalmente significava “reunião de sambistas para fazer samba”). A aceleração desenfreada, a pieguice dos sambas românticos... Não me satisfazem em nada.
Gosto de samba cadenciado da linhagem dos grandes mestres. E isso é apenas uma opção minha. Para minha sorte, não estou sozinho. Valeu Paulinho Timor, Paulinha Sanches, Edu Batata, Mestre Cebola, Miró Parma, Marcelão Romero, Inimigos do Batente, Samba Rahro e todos que fizeram com que eu aprendesse a gostar de samba em sua mais legítima expressão. Valeu!!!
Já tomei muita bordoada por causa das minhas “opções”. Vou deixar claro algumas coisas. Não tenho preconceito com a turma do Cacique. Tanto é que quando escuto um samba de lá e gosto, eu canto junto. Devem ter uns cinco sambas de lá que eu gosto. E quando cantam nas rodas, eu solto a voz junto. Estão me compreendendo? Não nutro simpatia pelo samba caciqueano. Isso não significa que, quando escuto um samba bom proveniente de lá, eu não goste. Isso sim seria preconceito. Outro dia mesmo estava eu cantando um samba consagrado na voz de Roberto Ribeiro (Ainda resta um pouco de esperança) quando alguém me falou:: “Aí André, cantando Jorge Aragão, hein? Quem diria...” Eu respondi que se fosse bom, eu cantaria mesmo.
Diversos fatores fazem com que eu tenha esta antipatia pelo “pagode” (que originalmente significava “reunião de sambistas para fazer samba”). A aceleração desenfreada, a pieguice dos sambas românticos... Não me satisfazem em nada.
Gosto de samba cadenciado da linhagem dos grandes mestres. E isso é apenas uma opção minha. Para minha sorte, não estou sozinho. Valeu Paulinho Timor, Paulinha Sanches, Edu Batata, Mestre Cebola, Miró Parma, Marcelão Romero, Inimigos do Batente, Samba Rahro e todos que fizeram com que eu aprendesse a gostar de samba em sua mais legítima expressão. Valeu!!!
3 comentários:
Quanto mais eu ouço esse papo, mais eu fico triste. Esse papo de "samba de raiz" "grandes sambistas", me soa meio fresco (tipo coisa de mauricinho metido a sambista). A raiz do samba é o povo brasileiro - Cartola, Noel, Candeia, Nelson Cavaquinho, Zé Keti, entre outros, eram figuras populares (conheci pessoalmente os dois últimos), falavam de futebol eram engraçados e, pelo que eu saiba, nunca falaram mal de nenhum sambista. Música, pelo que eu saiba é feita de melodia, harmonia e compasso (me parece que o pessoal por aqui confunde um pouco as coisas, pois acham um samba ruim pelo modo como é executado), cadência, não se confunde com qualidade, pois vc pode executar um samba ruim melodicamente, porém cadenciado. Dessa forma, acho que falar que não gosta da "turma do Cacique" me parece, no mínimo prepotente, e meio papagaio (gosto dos mestres, bla-bla-bla), aliás Leci Brandão não é referencia caciqueana (o sucesso "isso é funde de quintal" nãoa a qualifica como caciqueana, mas é gente fina, a conheci na quadra do Peruche). Acho que vc deveria rever o tom de que fala de grandes sambistas, pois Mestre Marçal, João Nogueira, Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro, Mestre Candeia, Wilson Moreira, Nei Lopes, Beth Carvalho, entre outros, assinaram em baixo da tal "turma do cacique", gravando juntos ou gravando as músicas do pessoal do Cacique (Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Arlindo Cruz, Sombrinha, Jovelina Perola Negra, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, etc.)
Como eu disse, é uma opção minha escutar sambas que me agradam, fazem minha cabeça. Se eu não nutro simpatia por detarminados compositores, é uma opção minha e apenas minha. Cada um gosta do que quer...
Ae Seu Jose, escute o seu pagodinho lá e deixe nóis aqui ...
aquele abraço.
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