A arte das capas dos discos deveria ser tão preservada quanto aos próprios fonogramas, meticulosamente remasterizados em seus relançamentos. Afinal, um álbum é não é composto de música apenas. Quando a arte final é alterada, todo um trabalho é posto de lado.
Certa vez, eu li um artigo de Ruy Castro falando sobre a invasão dos japoneses nos sebos brasileiros. O mais curioso é que eles buscavam apenas as capas dos discos. Isso porque no Japão são relançados muitos álbuns brasileiros antigos e, como as gravadoras brasileiras cedem apenas os fonogramas, eles têm que rebolar para conseguir as capas dos discos. Mas eles conseguem e relançam os discos com suas artes gráficas originais.
Infelizmente, muitas vezes, o mesmo não acontece com os relançamentos feitos aqui no Brasil. Talvez por falta de vontade de procurar as capas originas em sebos e colecionadores... Ou talvez por puro descaso mesmo... O fato é que são raros os relançamentos com a contracapa original no encarte. Muitas vezes eles sequer reproduzem os textos presentes nos discos. Às vezes, eles vão mais longe ainda e relançam discos com as capas alteradas. Absurdo!!!
Neste ano de 2007, eu recebi com grande satisfação a notícia que diversos discos de samba produzidos pelo japonês Katsunori Tanaka seriam relançados. Alguns deles, pela primeira vez em CD. Minha alegria acabou-se na mesma hora em que vi que nenhum disco foi lançado com sua capa original. Lindas capas (caso de “Homenagem a Paulo da Portela” da Velha Guarda da Portela e “Peso na Balança” de Wilson Moreira) foram grosseiramente alteradas. A culpada: a Atração Discos, que não teve o trabalho de buscar as capas originais.
Mas tem gente que deve ser elogiada. Charles Gavin, baterista dos Titãs e dono de um vasto acervo de discos, contribuiu, e muito, para que os relançamentos das antigas gravadoras Odeon e RCA Victor mantivessem suas capas e contracapas originais em seus relançamentos.
È preciso seguir os passos de nossos amigos japoneses (que tanto fazem por nossa música) e buscar as capas originais de nossas pérolas musicais em sebos, baús, armários... Ou então continuemos com esta preguiça corrosiva e façamos como faz a distribuidora Atração, limitando-nos a conceber novas (e horríveis) capas para os discos, sem nos importarmos com o trabalho de artistas que estampam suas obras nas capas dos discos.
Certa vez, eu li um artigo de Ruy Castro falando sobre a invasão dos japoneses nos sebos brasileiros. O mais curioso é que eles buscavam apenas as capas dos discos. Isso porque no Japão são relançados muitos álbuns brasileiros antigos e, como as gravadoras brasileiras cedem apenas os fonogramas, eles têm que rebolar para conseguir as capas dos discos. Mas eles conseguem e relançam os discos com suas artes gráficas originais.
Infelizmente, muitas vezes, o mesmo não acontece com os relançamentos feitos aqui no Brasil. Talvez por falta de vontade de procurar as capas originas em sebos e colecionadores... Ou talvez por puro descaso mesmo... O fato é que são raros os relançamentos com a contracapa original no encarte. Muitas vezes eles sequer reproduzem os textos presentes nos discos. Às vezes, eles vão mais longe ainda e relançam discos com as capas alteradas. Absurdo!!!
Neste ano de 2007, eu recebi com grande satisfação a notícia que diversos discos de samba produzidos pelo japonês Katsunori Tanaka seriam relançados. Alguns deles, pela primeira vez em CD. Minha alegria acabou-se na mesma hora em que vi que nenhum disco foi lançado com sua capa original. Lindas capas (caso de “Homenagem a Paulo da Portela” da Velha Guarda da Portela e “Peso na Balança” de Wilson Moreira) foram grosseiramente alteradas. A culpada: a Atração Discos, que não teve o trabalho de buscar as capas originais.
Mas tem gente que deve ser elogiada. Charles Gavin, baterista dos Titãs e dono de um vasto acervo de discos, contribuiu, e muito, para que os relançamentos das antigas gravadoras Odeon e RCA Victor mantivessem suas capas e contracapas originais em seus relançamentos.
È preciso seguir os passos de nossos amigos japoneses (que tanto fazem por nossa música) e buscar as capas originais de nossas pérolas musicais em sebos, baús, armários... Ou então continuemos com esta preguiça corrosiva e façamos como faz a distribuidora Atração, limitando-nos a conceber novas (e horríveis) capas para os discos, sem nos importarmos com o trabalho de artistas que estampam suas obras nas capas dos discos.
Um comentário:
De fato, é um desleixo por parte das gravadoras e seus produtores que vem há muito tempo acontecendo.
A Atração é especialista em fazer estragos desse gênero, como aconteceu no lançamento do Acervo Funarte, onde não apenas jogaram no lixo a arte de dezenas de LPs mas também superfaturaram o preço ao consumidor final, visto que por ter o financiamento do itaú cultural era pra ter chegado às lojas a preços bem mais acessíveis do que eles praticaram. Abs!
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