Ouvir um choro de Alfredo Viana Costa, o nosso Pixinguinha, é um dos raros prazeres da vida. Sua genialidade e, sobretudo, a perfeição alcançada nas mais diferentes escalas da área musical o colocam no mais alto patamar da música popular brasileira.
Como flautista, atingiu o mais alto nível. Era menino e já desbancava muita fera. Certa vez, ainda menino, substituiu um grande flautista Antonio Maria Passos no Teatro Rio Branco. Sua interpretação foi muito melhor do que a do substituído, já que ele não se limitava a tocar a partitura e fazia volteios e improvisações na música. Desde cedo foi um exímio flautista. Com os Oito Batutas, excursionou para Paris, causando furor, pela alta qualidade, e causando furor aqui, por serem negros e representarem o Brasil no exterior. Na volta da Europa, Pixinga trouxe um saxofone, instrumento que logo adotaria de vez.
E se como flautista ele já havia encantado a todos, o mesmo se deu com o saxofone. Ele não solava, deixava que Benedito Lacerda, outro excepcional flautista, solasse. Ele se limitava (como se houvesse limitações para Pixinguinha) a fazer o contratempo, tocando o sax sempre em segundo plano. Aí ele inventou algo novo. Sua maneira de acompanhar o solo da flauta era algo inovador. Quando Dino Sete Cordas começou a tocar violão de sete cordas, ele o fez inspirado nas “baixarias” que Pixinguinha fazia no sax.
Pois bem, muitos são ótimos intérpretes. Mas Pixinguinha ia além. Como compositor, também foi insuperável. Seus choros Carinhoso, Lamentos, Vou vivendo, Naquele tempo, Ingênuo (seu choro predileto) estão aí para mostrar isso: ele foi o maior compositor de choros de todos os tempos. Além disso, compôs sambas, frevos, maracatus e fox-trotes.
Não bastasse isso, ele fez muito mais. Foi maestro e arranjador de primeiríssima linha. Muitos artistas de sucessos cantaram acompanhados (e regidos) pela Orquestra Típica Pixinguinha-Donga e muitos sucessos da música popular brasileira tiveram arranjos (e introduções, como a clássica entrada de Aquarela do Brasil) do mestre.
Um ser divinal. Um gênio da música que atingiu a perfeição em todas as escalas. E um ser iluminado como ele só podia ter a morte que teve. Morreu dentro da Igreja Nossa Senhora da Paz no momento em que ia batizar um filho de um amigo. Nesta hora, a chuva começou a cair. E lá se foi Pixinguinha. Para o reino da eternidade, reger os acordes divinais que não devem ser muito diferente dos seus, feitos aqui, na Terra.
Como flautista, atingiu o mais alto nível. Era menino e já desbancava muita fera. Certa vez, ainda menino, substituiu um grande flautista Antonio Maria Passos no Teatro Rio Branco. Sua interpretação foi muito melhor do que a do substituído, já que ele não se limitava a tocar a partitura e fazia volteios e improvisações na música. Desde cedo foi um exímio flautista. Com os Oito Batutas, excursionou para Paris, causando furor, pela alta qualidade, e causando furor aqui, por serem negros e representarem o Brasil no exterior. Na volta da Europa, Pixinga trouxe um saxofone, instrumento que logo adotaria de vez.
E se como flautista ele já havia encantado a todos, o mesmo se deu com o saxofone. Ele não solava, deixava que Benedito Lacerda, outro excepcional flautista, solasse. Ele se limitava (como se houvesse limitações para Pixinguinha) a fazer o contratempo, tocando o sax sempre em segundo plano. Aí ele inventou algo novo. Sua maneira de acompanhar o solo da flauta era algo inovador. Quando Dino Sete Cordas começou a tocar violão de sete cordas, ele o fez inspirado nas “baixarias” que Pixinguinha fazia no sax.
Pois bem, muitos são ótimos intérpretes. Mas Pixinguinha ia além. Como compositor, também foi insuperável. Seus choros Carinhoso, Lamentos, Vou vivendo, Naquele tempo, Ingênuo (seu choro predileto) estão aí para mostrar isso: ele foi o maior compositor de choros de todos os tempos. Além disso, compôs sambas, frevos, maracatus e fox-trotes.
Não bastasse isso, ele fez muito mais. Foi maestro e arranjador de primeiríssima linha. Muitos artistas de sucessos cantaram acompanhados (e regidos) pela Orquestra Típica Pixinguinha-Donga e muitos sucessos da música popular brasileira tiveram arranjos (e introduções, como a clássica entrada de Aquarela do Brasil) do mestre.
Um ser divinal. Um gênio da música que atingiu a perfeição em todas as escalas. E um ser iluminado como ele só podia ter a morte que teve. Morreu dentro da Igreja Nossa Senhora da Paz no momento em que ia batizar um filho de um amigo. Nesta hora, a chuva começou a cair. E lá se foi Pixinguinha. Para o reino da eternidade, reger os acordes divinais que não devem ser muito diferente dos seus, feitos aqui, na Terra.
4 comentários:
parabéns pelo seu esforço. segue adiante com nossas coisas.
TENHO 34 ANOS E SOU MUSICO
PASSEI BOA PARTE DESSE TEMPO ME DEDICANDO AOS CANADENSES DO RUSH E CIA... AGORA ENTENDO PRQ NUNCA ME ENTROU O SAMBA...
AQUILO Q TENTAVA OUVI NAO EH GENUINO...
OBRIGADO POR CLAREAR UM POUCO MAIS MINHAS IDEIAS.. E VIVA A TURMA DO PIXINGUINHA E CIA
E PAU NO CU DO DUDU "NOBRE"
GEAN
Piruquinha, parceiro. Texto bonito. Síntese lírica de uma vida harmônica.
Buniicto! Lingdo!
Acho melhor verificar uma das informações. A introdução de Aquarela do Brasil se não me engano é de outro grande maestro do choro, Radamés Gnatalli.
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