Adoniran Barbosa, um dos maiores gênios da música popular brasileira e representante maior do samba paulista, sempre sonhou em ser artista, algo que nos idos de 1930 era quase um eufemismo para vagabundo.
Ele que, desde menino teve que pegar firme no batente (quando não dava seus migués), não queria saber muito de trabalhar, não. Sua meta era entrar para rádio, para poder flautear a vontade e ter a vida sempre pediu a Deus - beber a vontade com os amigos, fazer samba e vadiar.
Após algumas portas fechadas (a mais dolorosa foi quando ouviu: "sua voz é boa para acompanhar defunto"), ele, muito cara-de-pau, insistiu tanto que foi arranjando seu espaço.
Seu estilo paulistano-italiano-caipira ainda não estava desenvolvido e ele imitava mesmo os cariocas. Foi se arrumando e conseguiu emplacar algumas gravações. Duas delas, feitas pelo cantor carioca Déo, grande cartaz da época, no ano de 1936: "Um amor que já passou", parceira com Eratóstenes Frazão e "Chega", parceria com José Marcílio, foram registradas na Columbia.
Vale a pena conferir:
3 comentários:
Hahaha Voz pra acompanhar defundo é boa... Uma voz linda!!
Jussara
Brasa do Rubinato!
Boa!!!!!
Muito boa postagem!!!!
Postar um comentário