tag:blogger.com,1999:blog-36208757.post5733898789461524398..comments2023-09-05T12:42:38.771-03:00Comments on O Couro do Cabrito: Arranjos de Samba - IIAndré Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/16255340996273517516noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-36208757.post-31152975308083420922007-04-02T21:47:00.000-03:002007-04-02T21:47:00.000-03:00André,Fiquei ligado no seu blog através de uns com...André,<BR/>Fiquei ligado no seu blog através de uns comentários feito num outro blog, talvez na "cápsula"...?.. <BR/><BR/>Primeiro sobre eu: sou etnomusicologo morando em Los Angeles e estou escrevendo minha tese de doutorado sobre o samba raiz. Achei seus comentários interessantes e até baixei o seu trabalho de pesquisa e li-o em uma sentada.<BR/><BR/>Queria comentar que sua opinião sobre o samba de terreiro (que você tenta definir na sua pesquisa) versus o tal chamado "pagode" que você admite não gostar (no outro blog). Tenho que concordar com alguns outros postantes que você tem um certo preconceito sobre o tal "pagode" sem dar uma chance, ou querer tê-lo no mesmo nível de qualidade do que os que você chama de samba de terreiro. <BR/><BR/>O estilo de samba que hoje se chama de pagode (eu o chamo de samba, samba raiz, e samba de terreiro, tanto como de pagode) também nasceu como resposta à exclusão de sambistas das escolas de samba. Só que os caciqueanos introduziram uma instrumentação genial e inovadora. E sim, eu acho que o samba tem o direito de se modernizar, inovar, e ainda ser raiz. <BR/><BR/>Com o sucessos de sambistas como Beth Carvalho com o novo gênero, a indústria fonográfica tentou se apropriar do estilo para vendê-lo em massa para o povo consumidor. A idéia, infelizmente deu certo, e hoje temos o tal "pagode" que não é nem pagode, nem samba, e nem raiz. <BR/><BR/>Mas, os caciqueanos (FDQ, Zeca, Almir e compania) merecem respeito. O sucesso deles não veio barato e eles estavam fazendo samba "sem grana e sem glória" por muitos e muitos anos antes de serem "descobertos" pela madrinha do pagode, Dona Beth.<BR/><BR/>Outra coisa, talvez você não sabe porque o Zeca faz muito sucesso com discos gravados, mas ele ficou conhecido nas rodas de bambas do Cacique porque o pivete branquinho (naquela época ainda era moleque) entrava nas rodas de partido alto e metia bronca com os melhores dos improvisadores do gênero...<BR/><BR/>Finalmente, notei que você escreveu sobre arranjos e disse "não é roda de samba com batucada, é uma coisa mais civilizada..." Será que você não notou o eurocentrismo de seu comentário? É por isso que você não gosta de pagode? Você acha que o samba mais corrido, mais batucado falta "capricho"? Ou será que você acha que o samba de terreiro têm mais é que ser folclore mesmo, continuando com o mesmo padrão depois de décadas, sem inovação, sem modernidade... Não esqueça que o Estácio também foi inovador quando mudou a cadência do samba amaxixado... O Noel também foi inovador quando letrava os "segundos" nas canções que antes só tinham a "primeira"...Anonymousnoreply@blogger.com